Foto: Rosângela Tatsch (Divulgação)
A produtividade e a qualidade do trigo gaúcho está abaixo do estimado de acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
Conforme o órgão, a produtividade vem "variando muito", entre 2,2 toneladas por hectare (t/ha) e 3,3 t/ha. Ainda, o pH médio gira em torno de 75, o que indica qualidade abaixo da esperada.
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Segundo os técnicos da Emater, a queda na produtividade se deu em razão de fatores tecnológicos, já que algumas lavouras apresentaram rendimentos "muito inferiores ao esperado", e fatores climáticos, com a ocorrência de geadas tardias e "altos volumes de chuvas na maturação". Eles sinalizam que um número expressivo de produtores solicitou vistorias para recorrer ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), que garante a exoneração de obrigações financeiras relativas a operação de crédito rural de custeio. Ele vale quando há problemas por conta fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Apesar disso, com a predominância de dias ensolarados, a retirada do trigo da lavoura se deu de forma rápida, evoluindo para o final da colheita e hoje atinge 97% das lavouras colhidas. Apenas nos Campos de Cima da Serra, última região onde o trigo é semeado e colhido, as lavouras se encontram na fase de enchimento de grãos e maturação.
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A colheita deve começar nos próximos dias.
MILHO
A Emater avalia que é boa a evolução das plantações de milho no Estado, atingindo 86% da área projetada para esta safra. Hoje, 60% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e 15% em início de estágio reprodutivo. O período é de alta necessidade de água para a cultura.
SOJA
Na soja, a semeadura no Estado seguiu seu ritmo normal, favorecida pelas condições meteorológicas e atingindo 68% dos 5,9 milhões de hectares destinados à oleaginosa no Estado.
ARROZ
No arroz, os produtores intensificaram as semeaduras em todas as regiões de produção e praticamente finalizaram o plantio em quase todos os municípios, à exceção das áreas da Região Central, onde resta semear cerca de 30% da área planejada. Esse atraso em alguns municípios ocorre em razão de períodos com excesso de chuva, além do fato de muitos produtores não anteciparem o preparo de solo.
CANOLA
As lavouras de canola estão com a colheita finalizada na região Norte do Estado. A produtividade média poderá ter pequena redução sobre a estimada, embora algumas lavouras apresentem rendimento acima do esperado. De maneira geral, os produtores acreditam que a lavoura de canola deverá ainda possibilitar um pequeno lucro final.
CEVADA
A colheita da cevada está praticamente concluída. A produtividade final está abaixo da esperada inicialmente, com muitas espigas atacadas por doenças e grão de baixa qualidade, não atendendo a padrões exigidos pela indústria, de germinação mínima de 95%, e, provavelmente deverá ser destinada à ração animal.